Sobre

Herbário Nacional: Referência para o Conhecimento e Conservação da Diversidade das Plantas de São Tomé e Príncipe

 

O arquipélago de São Tomé e Príncipe (STP) é reconhecido como um dos mais interessantes hotspots de biodiversidade no Golfo da Guiné, com uma grande percentagem de endemismos nos diferentes grupos taxonómicos. A necessidade de conservar os ecossistemas tropicais de STP levou, em 2006, à criação do Parque Nacional de Obô, que ocupa cerca de 30% da ilha de São Tomé e 50% da ilha do Príncipe, que também foi classificada como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO, em 2012.

Apesar destes mecanismos de salvaguarda ambiental, no que às plantas diz respeito, e historicamente, o estudo e conhecimento da diversidade vegetal de STP foi sempre feito de forma intermitente e pouco sistematizada. Existem claramente lacunas de conhecimento que urge colmatar, incluindo a descrição de novas espécies, o reconhecimento da ocorrência de espécies ainda não registadas para o arquipélago e a avaliação do status de conservação das KBAs.

Apesar de ainda não existir uma Flora de STP, a última check-list de plantas com flor regista mais de 1100 espécies, das quais cerca de 120 são endémicas, e a revisão das pteridófitas, contabilizou mais de 150 espécies de fetos e aliados, sendo 13 endémicas.

Entre todas estas espécies há ainda que realçar o grande número de espécies com valor alimentar e medicinal que ocorrem em STP e das quais dependem largos sectores da população.

Uma instituição essencial para consolidar informação de base sobre a flora de STP e prosseguir o estudo sistemático da vegetação do arquipélago é a existência de um

 herbário focado na flora nacional e regional, que siga as diretrizes internacionais no que respeita à colheita, preservação e informatização do seu acervo e que funcione em constante atualização, suportando outros projetos de avaliação do estado de conservação da diversidade vegetal.

O atual Herbário Nacional de São Tomé e Príncipe, a par com o Jardim Botânico do Bom Sucesso, foi criado no âmbito do projeto europeu ECOFAC. Desde 1994 que têm sido recolhidas espécies vegetais, com o intuito de conhecer a taxonomia da flora do arquipélago, bem como a sua distribuição, ecologia e usos, ainda que não de forma consistente.

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